segunda-feira, 13 de junho de 2011

Greve dos Professores

Desde 11 de fevereiro passado, os professores declararam estado de greve, insatisfeitos com as negociações mantidas com a administração municipal. Segundo Gardênia Baima, da direção colegiada do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sindiute), a principal reivindicação é o pagamento do piso salarial que foi mantido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), atualmente fixado em R$ 1.597,87. A Prefeitura de Fortaleza, segundo Gardênia, paga R$ 1.003,00.

Além do pagamento do piso, a pauta conta ainda com reivindicações por eleições diretas para diretores das escolas municipais, correção do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), prestação de contas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

É totalmente justa a greve feita pelos educadores, pois já que foi estabelecido pelo STF um piso salarial, é porque abaixo daquilo a vida ficará difícil para quem tem que ensinar todos os dias e multiplicar seu salário através de 3 turnos diários. A Prefeitura de Fortaleza não querer pagar e nem o Estado do Ceará, mostra o alto nível de desrespeito com os professores e corrupção que há no governo. Há dinheiro de sobra para se fazer investimentos desnecessários, mas para aumentos de salários, colocar em dia obras necessárias e resolver outras questões sérias da sociedade, não há.

Programa Brasil Sem Miséria

O plano de erradicação da pobreza extrema do governo federal promete reciclar, fortalecer e redirecionar políticas sociais já criadas para tentar, até 2014, tirar 16,2 milhões de pessoas da miséria e elevar a renda mensal de até R$ 70 de cada integrante das famílias incluídas no programa Brasil Sem Miséria. O plano, chamado de 'Brasil sem Miséria', é considerado a mais importante aposta da gestão da presidente Dilma Rousseff.

O governo disse apenas que, sozinha, a União deve desembolsar cerca de R$ 20 bilhões anuais, afora contribuições financeiras de Estados e cidades. O plano articula dezenas de ações que serão gerenciadas pelo Ministério do Desenvolvimento Social, mas perpassarão outras pastas, como Desenvolvimento Agrário, Saúde e Educação.

A previsão é que 30 mil pessoas sejam atendidas neste ano, informou a ministra. As ações vão começar pelo estado da Bahia, onde está concentrada grande parte da população pobre (2,4 milhões), a maioria na área rural.

Até então, para o bolsa família, as famílias só podiam receber valores correspondentes a, no máximo, três crianças (R$ 32 para cada uma), independentemente do número de filhos. A partir de agora, a quantidade máxima passará a ser cinco. Para a ministra, o que o governo está fazendo "é investir no seu maior patrimônio, o povo brasileiro. Muito já foi feito até aqui", comentou, mas essa é "uma herança triste do Brasil que vem de 500 anos e que teve marcas lamentáveis como a escravidão".

OIT e a variação de jornada de trabalho no mundo

No mundo: Cerca de 22% da força de trabalho no mundo, o equivalente a 614 milhões de pessoas, trabalha mais de 48 horas semanais, considerado o limite razoável por organizações mundiais do trabalho. Porém, a tendência global de trabalho é seguir as 40 horas semanais, e que o limite aceitável são o de 48 horas, que não é praticado por 22% da população mundial. Peru, Coréia, Tailândia, Paquistão, Etiópia são os países em que mais pessoas ultrapassam esse limite: 40% dos trabalhadores. No Brasil, 19% da população ultrapassa as 48 horas.

No Brasil: Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do IBGE, em 2008 a população ocupada de 16 anos ou mais de idade trabalhou uma jornada média semanal de 40,8 horas. Apesar da média ser mais reduzida que o limite fixado na lei, houve um contingente expressivo de ocupados cujas jornadas semanais superavam este limite. Pouco mais de 33% trabalhavam uma jornada superior às 44 horas semanais e 19% trabalharam uma jornada superior a 48 horas, enquanto 23% trabalhavam menos de 35 horas por semana.

Trabalho Infantil no Brasil e no Ceará

No Brasil: Segundo o IBGE, mais de 5 milhoes de jovens entre 5 e 17 anos de idade trabalham no Brasil, apesar de a idade minima para se trabalhar,segundo lei,seja de 16 anos de idade.Ao abandonarem a escola, ou terem que dividir o tempo entre a escola e o trabalho, o rendimento escolar dessas crianças é muito ruim, e serão sérias candidatas ao abandono escolar e consequentemente ao despreparo para o mercado de trabalho, tendo que aceitar sub-empregos e assim continuarem alimentando o ciclo de pobreza no Brasil.

Sabemos que hoje em dia, a inclusão digital (Infoinclusão) é de extrema importância. Além da conclusão do ciclo básico de educação, e da necessidade de cursos técnicos, e da continuidade nos estudos, o computador vem se tornando fundamental em qualquer área de trabalho.Segundo dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio), do IBGE, 5.482.515 crianças entre 5 e 17 anos trabalhavam no Brasil em 2001. Dessas, 2.231.974 crianças (40%) tinham menos de 14 anos.

No Ceará: Segundo o IBGE, o Ceará é o 3° estado brasileiro no ranking do trabalho infantil, ficando atrás apenas do Piauí e Tocantins. O percentual de crianças de cinco a 17 anos ocupadas no Estado é de 13,59%. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), de setembro do ano passado, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2009, o Ceará mantinha 293 mil crianças e adolescentes, na faixa etária de cinco a 17 anos.