sábado, 20 de novembro de 2010

Cronicamente Inviável


Cronicamente Inviável

Cronicamente Inviável
não é um filme denúncia. Também não é um filme daqueles que assistimos confortavelmente na poltrona, como se nada tivéssemos a ver com o que está sendo mostrado na tela.

O ótimo filme de Sérgio Bianchi é, antes de tudo, um filme para reflexão. Em seu quarto longa metragem, o cineasta paranaense faz um libelo contra a hipocrisia e não deixa pedra sobre pedra.. No painel sobre o caos em que se transformou a sociedade brasileira, não há bandidos nem heróis, todos têm a sua parcela de culpa: intelectuais, políticos, opressores, oprimidos; até os movimentos sociais dos negros, indígenas e dos Sem Terra não foram poupados.

Bianchi faz uma exposição nua e crua da realidade. Sabemos que a cena que estamos vendo 'mendigos se alimentando na lixeira do restaurante' , estará à nossa frente ao vivo na saída do cinema ou, no máximo, no dia seguinte.

E assim como esse, outros temas do dia a dia são lembrados: discriminação racial e social, devastação de florestas, impunidade,tráfico de órgãos, comércio de bebês, corrupção, trambiques e por aí vai.

"Sei que meu cinema não é popular; fiz um filme que tem diferentes formas de ver", disse Bianchi na pré estréia de Cronicamente Inviável, que levou 4 anos para ser realizado. O diretor teve que interromper o filme quatro vezes por falta de dinheiro.

Escrita por Bianchi e por Gustavo Steinberg, a história é costurada através de seis personagens: o escritor Alfredo (Umberto Magnani); o casal bem nascido Carlos (Daniel Dantas) e Maria Alice (Betty Gofman) que, para aliviar o sentimento de culpa, dá esmola e brinquedos para os pobres ; os dois frequentam o restaurante de Luís (Cécil Thiré) que explora sexualmente seus funcionários; Amanda (Dira Paes), de passado incerto e o cínico garçon Adam (Dan Filip Stulbach) completam o grupo.

O filme de Bianchi é um soco na boca do estômago, mas não é uma surpresa. Uma das características do diretor é a coerência; assim, seu último filme não foge ao estilo dos anteriores Maldita Coincidência, Romance, A Causa Secreta e o excelente Mato Eles?

Até a forma de utilização da trilha sonora - já mostrada em obras anteriores - é repetida por Bianchi, principalmente nas seqüências com tomadas aéreas da cidade ao som de músicas de bossa nova, evidenciando o paradoxo entre o Rio, cidade maravilhosa e o Rio, cidade violência.

Talvez uma das melhores frases sobre o filme tenha sido dita por Dan Filip Stulbach (que interpreta o garçon) na noite de estréia: "acho que Cronicamente Inviável é um filme necessário".

Cronicamente inviável, por http://www.mnemocine.com.br/cinema/crit/cronicamente.htm

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

A questão democrática...

Democracia: é um sistema de governo que consulta a opinião do povo (cidadãos) para tomar importantes decisões para o futuro da comunidade.


Logo, os cidadãos tem o papel mais importante nessas decisões, pois eles tem que reivindicar seus direitos e utilizar deles para construir um bom futuro para a sociedade.


Autoritarismo: sistema de governo onde o Estado toma as decisões de acordo com a opinião de legisladores nao eleitos, e que geralmente permitem um grau de liberdade individual.


Totalmente contrário a democracia o autoritarismo não favorece a todos, é uma espécie de governo que procura atender somente aos interesses dos que estão no poder.